segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Percurso do Negro

O Percurso do Negro é formado por quatro marcos.

O primeiro fica localizado na Praça Brigadeiro Sampaio, onde fica o Tambor, que contém imagens da cultura negra.


O segundo fica localizado na Rua Andradas, e é o mapa da África no formato de um pé "um pé na África"


O terceiro é um Bará que fica localizado no cruzamento de quatro vias do Mercado Público


O quarto é um mosaico localizado na Praça XV próximo ao chalé


Esses monumentos são de grande importância para representar a cultura negra em Porto Alegre, par mostrar que eles tiveram grande parte e importância em nossa cultura.




terça-feira, 17 de novembro de 2015

Mercado Público

O Mercado Público da cidade de Porto Alegre foi inaugurado em 1869. Menor que o espaço que ocupa hoje, possuía uma parte interna arborizada que mais tarde foi preenchida com chalés. Porém no ano de 1912 o prédio sofreu com um incêndio e todos os chalés foram destruídos, então em sua reconstrução foi usando metal.

O Mercado Público voltou a sofrer a enchente de 1941, e incêndios, o mais recente em julho de 2013.


No dia 21 de dezembro de 1979 o Mercado Público foi tombado como patrimônio histórico da cidade de Porto Alegre, passando por restaurações em 1990 para atingir um melhor potencial.



segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Praça da Alfandega


A Praça da Alfadega se localiza na parte baixa da cidade de Porto Alegre, nome herdado pelos fundadores portugueses que separaram a cidade em “cidade alta” e “cidade baixa” que era a região portuária.

A praça era conhecida como Praça da Quintanda por conta das trocas comercias que ocorriam no local.

Foi em 1820 que a Praça da Alfandega foi construída e seu nome atual foi estabelecido em 1979.

Em 1970 museus começaram a ser construídos ao redor da Praça, como o MARGS, Memorial do Rio Grande do Sul, e o novo Santander Cultural.


A arquitetura dos museus do local
são inspirados na arquitetura europeia,
caracterizado, por exemplo pelas grandes colunas

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Pinacoteca Aldo Locatelli

           No século XIX era comum serem adquiridas obras de arte para decorar o gabinete de vereadores - na época era se chamado Conselheiros Municipais. Isso continuou com a criação da Intendência. Dessa forma, desde que abriu, o Palácio Municipal abrigou obras de arte que deram origem à Pinacoteca Aldo Locatelli. 



         A partir de 1982, a coleção foi abrigada provisoriamente no Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Com a restauração do Paço Municipal, a Pinacoteca Aldo Locatelli pode voltar para seu lugar anterior.
           Assim começou o que hoje é a Pinacoteca Aldo Locatelli, possuindo um acervo composto por obras de artistas nacionais e internacionais é considerado uma das mais importantes coleções do sul do Brasil.

        Com base nesses dados realizei uma visita técnica no dia 07 de outubro de 2015 onde pude observas as condições da Pinacoteca, tal como a conservação de seu acervo, suas exposições, preservação e segurança.

         A Pinacoteca Aldo Locatelli conta com duas exposições: uma no primeiro e segundo andar e outra no porão da prefeitura.
A exposição na parte superior da Prefeitura era composta de quadros de diversos pintores.



         O dia em que eu visitei o local o dia estava nublado, então a iluminação local era artificial por lâmpadas fosforescentes. Porém, pelas grandes janelas, acredito que em dias ensolarados com boa luminosidade seja usada iluminação zenital.

        Quanto à exposição no porão era completamente composta por esculturas, o motivo para isso era pelo alto índice de umidade no local, que iria agredir os quadros que fossem exibidos no local. Considerei uma boa medida de prevenção.

       Por ser em um porão a iluminação era completamente artificial, o lugar era mantido escuro e as obras recebiam focos de luz, acrescentando um belo efeito estético.
O porão possuía uma escada, que segundo o mediador Luiz da Silva, poderiam ser evacuadas as obras em caso de incêndio.

       Na reserva técnica da Pinacoteca Aldo Locatelli existe controle de temperatura e umidade. É feito duas vezes por dia e armazenada em uma planilha.
        A úmida ideal em resevas técnicas é 45%. Em dias de umidade mais forte (quando chove por exemplo), a umidade na reserva técnica da Pinacoteca pode chegar a 60%. O lugar conta com um desumificador, que fica ligado apenas pelo dia, pelo risco que se tenha um curto-circuito a noite e cause um incendio. O máximo de úmidade qu já chegou foi 70%.



        A reserva técnica possui ar-condicionados, entretanto eles não ficam ligados 24 horas, e no dia de minha visita estavam desligados. O motivo disso é que, de acordo com o mediador, em dias úmidos o ar-condicionado puxa umidade para dentro da reserva, por exemplo, se a umidade relativa do ar está e, 50% ele puxa para 70%.

       Quanto à luminosidade do local é artificial, e feito por lâmpadas fluorescentes. De acordo com o mediador, é feito controle por luximetro e as lâmpadas são bem vedadas para não deixar luminosidade passar quando a reserva está sem pessoas dentro. O número máximo de pessoas ao mesmo tempo são seis.

     A visita foi ministrada por Zita Possamai e Luiz Mariano Figueiredo da Silva








domingo, 13 de setembro de 2015

Monumento Julio de Castilhos


O Monumento em homenagem a Julio de Castilhos foi criado com inspirações Neoclássicas, e marca Porto Alegre como cidade.
Seu período de instalação foi no regime republicano em 1889. E ele é um dos símbolos dessa nova política.
O monumento possui um Formato circular, assim como a praça, e alguns prédios específicos que compunham um cenário que o monumento estava imerso e dialogava. 
1913-1915
O monumento mostra às 3 fases da vida de Julho ( pedido de Borges de Castilho).
  • Jovem (segurando jornal da república) 
  • Maduro ( sentado, com livro na mão quase se levantando)
  • Velho ( meridiano com livro em seu colo) 
Também há representantes de coragem, prudência e firmeza. É importante ressaltar que o monumento sofreu grande influência positivista.

O monumento fica localizado na Praça da Matriz 

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Museologia e meio ambiente

Os museus devem ter o sentimento de sustentabilidade consigo. Museus com uma arquitetura ecologicamente correta mostram para a população que o uso de, por exemplo, painéis solares como forma de energia para os prédios são possíveis. A mesa de Santiago no Chile em 1972 trouxe a ideia de de museu integral com um museu que valoriza o patrimônio e a conferencia de Quebec em 1992 trouxe o conceito de ecomuseu para a América Latina. Junto com a ideia de museu integral esses conceitos de museu valorizam o patrimônio-ambiental. Um exemplo são os Canions de Cambara que antes eram motivos de frustração para a população (porque empresas e fábricas não podiam construir por perto), com a implantação desse ecomuseu na região buscando o envolvimento da comunidade local virou motivo de orgulho. Os museus devem trazer consigo a ideia de respeito, educação, valorização e exemplo de comprometimento  de cuidado com o meio-ambiente ajudando a sustentabilidade ambiental a alcançar seus objetivos.

Gabinetes de Curiosidades




Os gabinetes de curiosidades são os antecessores dos museus, seu donos eram ricos colecionadores que mantinham o local ao seu gosto. O local podia conter de tudo animais empalhados, objetos raros, exemplares botânicos, e alguns mais exóticos podiam conter até partes humanas. Também podiam conter pinturas e instrumentos tecnicamente avançados. Seu auge foi na época das grandes explorações e descobrimentos do século XVI e XVII, durante o renascimento europeu. 
Foram muito importantes para o desenvolvimento da ciência moderna, embora refletissem a opinião popular da época - podia conter dragões por exemplo. O ambiente em geral era bagunçado, mas havia uma certa catalogação que era muitas vezes publicadas em revistas para difundir o o conteúdo para os cientistas da época. 
Os gabinetes de curiosidades pararam de existir durante os séculos XVIII e XIV sendo substituidas por instituições oficiais. Os objetos considerados mais interessantes foram transferidos para museus de arte e história natural que haviam sido fundados.




Memorial da Loucura


Essa terça-feira (23) fui visitar o Memorial da Loucura. Esse memorial se localiza no Hospital Psiquiátrico São Pedro na rua Bento Gonçalves 2460. Ao chegar lá fui guiado por um mediador que mostrou o local.

A parte principal do local é um corredor que possui várias salas, onde antes eram os quartos dos pacientes. O próprio corredor já conta com quadros que foram feitos a partir de fotos de pacientes, em um bloco ao lado pode ser lida suas histórias.
As salas contam com coleções como: documentos históricos do local (como a assinatura da princesa Isabel no livo de visitas do local), um "livro de receitas" utilizado pelas freiras para fazer remédios e remédios prontos também, fotos históricas, quadros homenageando os antigos diretores do hospital. Os objetos mais valorizados são os livros de registro antigos que contém as informações e o tipo de loucura dos antigos pacientes. 

assinatura da Princesa

foto histórica

instrumento usados pelos médicos



Infelizmente o local recebe pouca verba, então para fazer suas exposições foram enjambradas placas de isopor. Os banners do local foram feitos a partir do dinheiro do bolso dos próprios organizadores do lugar. Não possui um museólogo, então disposição de objetos e mediação foi feita por um historiador.
Mesmo com todos os problemas o número de visitantes cresceu, e esse ano já esta em 600 - o que é bastante para o local.O memorial é de fácil acesso, e também é gratuito, geralmente frequentado por turmas de universidades. O prédio onde fica está passando por reformas, mas não impede a visitação.
objetos são bem interessantes, e o prédio é lindo, vale a pena conferir.




   

Quem é o Profissional Museólogo?

Os museólogos no Brasil, segundo Lei n°7.287 de dezembro de 1984, são os diplomados em Bacharelado, Licenciatura Plena, Mestrado ou Doutorado em Museologia de escolas ou cursos autenticados pelo MEC; os diplomados no curso por escolas do exterior, com títulos corroborados no Brasil; os diplomados em outros cursos de graduação, que a partir de 18

de dezembro de 1984, disponham de pelo menos cinco anos de atividades técnicas em museus ou ambientes patrimoniais, comprovadas no prazo de três anos aos Conselhos Regionais de Museologia. Cabe a este, segundo 3º artigo desta lei, ensinar museologia; planejar, organizar, administrar, dirigir e supervisionar museus e suas atividades culturais, exposições e serviços educativos; realizar atividades que remetam ao funcionamento dos museus; demandar tombamento de bens e seus respectivos registros; coletar, conservar, preservar e divulgar o acervo; planificar e praticar e identificação, classificação e cadastramento de bens culturais; efetuar estudos e pesquisas acerca de acervos museológicos; deliberar o espaço museológico, o acomodando à apresentação e guarda das coleções; denunciar deslocamentos clandestinos de obras; dirigir, chefiar e administrar os setores técnicos de Museologia nas instituições governamentais da administração pública e privada; prestar serviços de consultoria e assessoramento na área de Museologia; realizar perícias destinadas a apurar o valor histórico, artístico ou científico de bens museológicos; orientar, supervisionar e executar programas de treinamento, aperfeiçoamento e especialização de pessoas habilitadas nas áreas de Museologia e Museografia; orientar a realização de seminários, concursos e exposições. Portanto, o museólogo se dedica, em suma, a classificar, conservar, expor, documentar, arquivar, adquirir, administrar, e intercambiar peças de valor artístico, cultural, artístico e científico, de modo que transmita conhecimento por meio de ações culturais e educativas sobre o acervo.
O bacharel no curso, só pode ser intitulado museólogo caso seja filiado ao COREM, que é o órgão fiscalizador da profissão. Além disso, em campo nacional o termo “museólogo” define quem exerce conjunto de atividades teóricas e práticas relacionadas a museus, sendo graduado no curso e cadastrado no Corem. Entretanto, no exterior há
diversos outros termos dirigidos não só para especializados na área, como também outros tipos de profissionais que trabalhem com museus e seus derivados.  Deste modo, países que tenham o idioma francês como oficial, usam o conceito “conservateur” (conservador) ou “museólogue” (museólogo); países com língua inglesa usam “curator” (curador), “museum curator” (curador de museu), “museologist” (museologista); O ICOM (Conselho Internacional de Museus) se refere aos museólogos como “museum profissional”, “professionnels des muséesprofisionales de los museos”, que significam “profissional de museu”. 
No Brasil, por meio do Decreto nº 58.800 de 13 de julho de 1966, foi aprovado o regulamento do Curso de Museus, do Museu Histórico Nacional, e consolidado que quem se formasse na área receberia o diploma de museólogo. O curso foi criado por Gustavo Barroso advogado,professor,político,folclorista,cronista, eromancistabrasileiro,  que, quando diretor do MHN , e em sua constante preocupação com o ode ao passado, o culto ao Império e a tradição, criou a única graduação em museologia do mundo. 
No Brasil, em 1984, é criada uma lei que legitima o profissional em museologia e origina o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Museologia. Tal lei é regulamentada com um decreto de 1985. Em 1992, um Código de Ética Profissional para os Museólogos (COFEM) é admitido. Em 2009 é fundado o Estatuto de Museus e o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus) por diferentes leis, que em 2013 são regulamentadas por meio de decreto. Internacionalmente, em 1986 foi criado o Código de Ética do ICOM (Conselho Internacional de Museus) na Argentina, que posteriormente, em 2001 foi modificado em Assembleia Geral do ICOM (20ª) na Espanha, e revisto em 2004 na Coreia do Sul. 
Os museólogos devem ser éticos, seguindo determinados códigos, como proteger as pessoas de profissionais ilegais ou que se determinam museólogos sem realmente serem, denunciando instituições ilegais, conhecendo a legislação de sua profissão em campo nacional e internacional, sendo franco com seu local de trabalho e equipe, seguindo as normas da instituição também, de modo que só se oponha caso veja ocorrências de comportamentos contra a própria ética museológica. 
     Com relação a conduta profissional de um museólogo de acordo com o ICOM é esperado que: O museólogo esteja familiarizado com a legislação internacional, nacional e vigente local, tendo a obrigação de seguir as politicas e as normal da instituição empregadora. O museólogo deve possuir uma conduta leal a seus colegas e ao museu empregado baseado na fidelidade as princípios ético. Deve também desenvolver a pesquisa, preservação e uso de informações referentes às coleções ; Não deve apoiar o tráfico ou comércio ilícito de bens naturais ou culturais, tanto indireta quando diretamente; Manter sigilo quanto a informações confidenciais e respeitar o sigilo por segurança - só é aceito que o profissional não respeite esse sigilo quando existe referente a policia ou alguma outra autoridade competente na investigação. É responsabilidade do museólogo consultar seus colegas, dentro e fora dos museus, quando o conhecimento disponível for insuficiente 

O profissional de museus não deve aceitar presentes, favorece, empréstimos ou outros benefícios pessoais que possam ser oferecidos devido a função que desempenham. Também não pode possuir outro emprego remunerado ou aceitar comissões externas que sejam incompatíveis com os interesses do museu, especialmente o comércio, sendo proibido de aceitar presentes, hospedagem ou qualquer forma de recompensa de um comerciante, leiloeiro ou outra pessoa, com indução à compra ou alienação de bens do museu ou para efetuar ou evitar uma ação judicial.
O museólogo não deve competir com sua instituição na aquisição de um bem. Não deve ser usado o logotipo do ICOM para promover ou apoiar qualquer atividade com fins lucrativos. E por o interesse do museu antes dos seus. 
 O museólogo, além de poder atuar em práticas específicas dentro dos Museus como documentação, pesquisa, conservação, educação, artes gráficas, pode direcionar sua formação para a administração de espaços culturais, ser gerenciador de projetos culturais e sociais, fazer a curadoria de exposições, a segurança de acervos, trabalhar com restauração, informatizar acervos etc. Desta forma, os museólogos podem trabalhar não somente em museus, mas também em centros culturais, universidades e instituições particulares.  
Porém a perspectiva salarial do museólogo, infelizmente, é desanimadora. O pagamento para iniciantes em Brasília chega a ser um terço do valor do piso estabelecido pelo Conselho Regional da profissão. Segundo o COFEM, o piso está em R$. 5.748 para graduados, R$. 8.566 para mestres, e R$.10.272 para doutores, todos relacionados a carga horária de 40 horas semanais.